Como esssa semana ja comecei a produção em série das NANINHAS, vim falar um pouquinho delas aqui e a importância na vida dos bebês, o presente é tão especial que mereceu ate uma matéria.
É hora de dormir. Bebê deitado, fralda colocada,
ambiente tranquilo. Depois da historinha, a criança sonolenta parece calma e
pronta para pegar no sono. Tudo perfeito, cama quentinha, luzes apagadas e... o
bebê começa a chorar – sinal claro de que a noite está apenas
começando!
Se essa cena lhe parece familiar, antes de se
desesperar, saiba que seu filho pode estar inseguro, com medo de se separar da
mãe. E uma das maneiras mais eficazes de lidar com essa fase de transição é dar
a ele um amiguinho de pelúcia, um brinquedinho de tecido, um cobertorzinho
macio, uma fraldinha
de pano ou até um travesseirinho fofinho. São os chamados objetos
transicionais.
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Qual escolher?
De acordo com a pediatra Ana Escobar, do Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo, antes de dormir, as crianças gostam de ter, por perto, objetos
familiares para segurar. “Eles trazem segurança para o nenê”, ressalta a
médica.
Os objetos transicionais simbolizam a figura materna para a criança. Há uma inevitável associação com o colo e o aconchego. Paninhos, cobertores e brinquedos de pano costumam fazer sucesso entre os bebês. Alguns meninos podem escolher objetos mais duros, como um travesseiro ou um bichinho de pelúcia.
Para Maria Eugênia Pesaro, psicóloga da USP e
membro do Centro de Atendimento e Pesquisas Lugar de Vida – que trata crianças
desde a primeira infância até a adolescência –, os objetos transicionais
substituem a presença da mãe na mente da criança.
Ela lembra que essa teoria foi criada pelo
psicanalista inglês Donald Winnicott e que, segundo o especialista, mais
importante do que o objeto é a experiência da criança com ele. “Ele ajuda o bebê
na difícil tarefa de construir sua identidade. São os primeiros estágios de uso
da ilusão, uma transição que abre caminho para o desenvolvimento da criatividade
e da capacidade de brincar”, aponta Maria Eugênia.
Chupeta é objeto transicional:
O fenômeno transicional passa a ser perceptível a
partir dos 4 meses de idade. Mas, segundo Ana Escobar, do Instituto da Criança,
a chupeta cumpre essa função de transição até o bebê completar 1 ano de idade.
“A partir do primeiro ano de vida, os objetos transicionais começam a ser mais
importantes. Nessa fase, a criança fica insegura porque tem consciência das
coisas, mas sem a clareza racional”, analisa a pediatra.
Apesar da importância dos objetos transicionais, os
pais devem observar a forma como seus bebês estão usando seu paninho ou
brinquedinho. “O ideal é utilizá-los apenas na hora de dormir. É nesse momento
que a criança sabe que ficará sozinha e, por isso,sente-se mais insegura”,
destaca Ana Escobar.
Muitos pais relatam que a criança perde um pouco do
interesse quando os brinquedos são lavados. Isso ocorre porque os bebês também o
reconhecem pelo cheiro. No entanto, a opinião dos especialistas é a de que eles
devem, sim, ser lavados sempre que necessário por questões de
higiene.
Tem idade para retirar:
Não convém deixar a criança usar o objeto durante
toda a infância. Com 2 anos de idade, a compreensão das situações fica mais
clara para o bebê e é um bom momento para começar a retirar os objetos. “Eles
perdem o sentido à medida que a criança desenvolve interesses culturais, como
jogar, desenhar e fazer algum esporte”, informa Maria Eugênia.
Para a psicóloga, os objetos devem ser encarados como algo saudável, mas seu uso prolongado – após os 2 anos de idade – pode representar uma dificuldade da criança em passar pelo processo de individualização. “Pode haver a fixação da criança pelo brinquedo”, relata a Maria Eugênia. De acordo com ela, porém, isso não deve ser entendido como um vício semelhante ao que os adultos desenvolvem por outras “muletas”. “Não podemos comparar as crianças aos adultos. Podemos, ao contrário, entender o adulto com base em sua infância”, ela esclarece.
Nem todas as crianças adotam um objeto
transicional. Segundo a psicóloga da USP, alguns bebês desenvolvem a capacidade
de criar e se individualizar sem, necessariamente, fazer uso de um brinquedo: “O
fenômeno transicional geralmente está associado a algo sensorial ou perceptível.
Mas a escolha é particular de cada criança. Para algumas, basta a figura da
mãe”.
Fonte: Matéria do site
www.bebe.com.br
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